Guerreiros. Tapeçaria de Bayeux (detalhe). Século XII
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Estabeleceram-se   (século V) na África do norte, fundando, na região da atual Tunísia, o   primeiro reino germânico, tendo como capital Cartago. Durante cerca de um   século dominaram o Mediterrâneo; no século VI sofreram ataques de tribos do   Saara e acabaram sendo conquistados pelo Império Romano do Oriente ou   bizantino. | |
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Suevos | 
Entraram   na Lusitânia (começo do século V) e escolheram Braga como capital. Só em fins   do século VI (585) o reino suevo da Lusitânia foi vencido pelos visigodos. | 
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Visigodos | 
Algumas   tribos visigodas (godos do oeste) haviam ocupado (século IV) regiões dos   Balcãs; outras ocuparam (século V) terras do sul da antiga Gália e grande   parte da península Ibérica, tendo como capital Toulouse. Rechaçados mais   tarde (século VI) da Gália pelos francos, fixaram-se no centro da Espanha,   escolhendo Toledo como capital. Dois séculos depois da ocupação, as   populações hispano-romanas e góticas, tinham-se fundido perfeitamente, pois   os visigodos foram os que melhor se romanizaram. No século VII o reino   visigótico foi centro de brilhante vida cultural, cujos representantes foram   personalidades ilustres da Igreja e grandes artesãos-ourives. No século VIII   (711) este reino caiu em poder dos árabes, os quais assimilaram em parte seu   legado cultural. | 
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Borguinhões | 
Ocuparam   sucessivamente (a partir do século V) regiões perto do rio Reno e do lago de   Genebra (na atual Suíça), tendo estendido seu domínio a terras do sul e do   leste da França atual. Conheceram breve período de esplendor com sua capital,   Worms, mas acabaram dominados pelos francos (século VI). | 
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Alamanos | 
Aliados,   de início, aos borguinhões de junto ao Reno, foram sendo gradativamente   forçados pelos francos (a partir do século V) a recuar cada vez mais para   leste. Estabeleceram-se ao norte da atual Suíça, em terras das atuais Alsácia   e Lorena e em regiões da atual Alemanha. | 
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Ostrogodos | 
Os godos   de leste fixaram-se (século V) na Itália, escolhendo como capital Ravena. Sob   o rei Teodorico a península conheceu um período de prosperidade e de   esplendor cultural. Além disso, Teodorico conseguiu   controlar   alguns dos reinos germânicos já existentes, graças a hábeis alianças   matrimoniais entre membros de sua família e de outros reinantes. No século VI   o reino ostrogodo foi conquistado pelo Império Bizantino. | 
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Francos | 
A partir   do século V conseguiram estender, pouco a pouco, seu domínio sobre a antiga   Gália romana, expulsando os visigodos, fazendo retroceder os alamanos,   vencendo os borguinhões. Conquistaram assim projeção que lhes permitiu lançar   as bases do maior império da Idade Média, deslocando o eixo da civilização   ocidental do Mediterrâneo para o centro-oeste da Europa. | 
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Longobardos | 
Estabelecidos   (século VI) no norte da Itália, seu reino, após período de projeção e   esplendor, caiu em poder dos francos no século VIII. | 
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Anglo-Saxões | 
Oriundos   da Europa setentrional, desembarcaram (em meados do século V) na antiga   Britânia (atual Inglaterra), abandonada pelos romanos por volta de 400.   Obrigaram as antigas populações bretãs a refugiar-se nas atuais regiões de Gales   (Inglaterra) e da Bretanha (França). No século IX seu território foi invadido   pelos normandos. | 
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Normandos   ou Vikings | 
Grandes   navegadores e ousados aventureiros de regiões das atuais Dinamarca, Suécia e   Noruega, foram os últimos germanos a se deslocarem. Dominaram no século VII   as regiões do mar Báltico, lançando-se, a seguir, à conquista de regiões das   atuais Irlanda, Rússia (Varegues, século VIII), França (século IX); e a parte   da atual Normandia (França), a Inglaterra; depois (século XI), regiões meridionais   da Itália. | 
HOLLANDA, Sérgio Buarque de (org.).  História da Civilização. São Paulo: Nacional, 1980. p. 121-124.
 
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