"Os espelhos estão cheios de gente.
Os invisíveis nos vêem.
Os esquecidos se lembram de nós.
Quando nos vemos, os vemos.
Quando nos vamos, se vão?"
Eduardo Galeano: Espelhos

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Nabucodonosor e o Segundo Império Babilônico

Com a queda de Nínive, a cidade de Babilônia voltou a se projetar na Mesopotâmia, não mais sob uma dinastia amorrita (como na época do Primeiro Império), mas sob Reis de um povo de língua semita, proveniente do Sul da Mesopotâmia (Caldéia), que formaram o Segundo Império Babilônico ou Império Neobabilônico, de curta duração.

Sítio da histórica cidade da Babilônia

Nabopolasar, fundador da nova dinastia, e que havia vencido os assírios, incorporou ao seu Reino toda a Mesopotâmia e passou a controlar o Corredor Sírio-Palestiniano e, assim, as rotas comerciais do Crescente Fértil.

A cidade de Babilônia tornou-se o centro comercial e cultural mais importante do Oriente Próximo. Dali partia uma rede de estradas e canais, que servia de rota comercial, para todo o Oriente Próximo, ligando o Mediterrâneo à Índia.

Ruínas da antiga cidade da Babilônia

A aristocracia palaciana e os sacerdotes moravam em áreas separadas do resto da população. Fora da cidade, os camponeses; a zona comercial situava-se às margens do Eufrates.

No reinado de Nabucodonosor, desenvolveu-se internamente uma política de grandes construções públicas: palácios, templos para o deus Marduque e outros, as muralhas da cidade, os Jardins Suspensos (considerados pelos gregos antigos como uma das "maravilhas do mundo"). Externamente, este soberano conquistou definitivamente a Assíria e subjugou Tiro (na Fenícia), a Síria e o Reino de Judá (na Palestina). Apesar da sua bem-sucedida administração, a situação das classes populares - camponeses e artesãos - e dos escravos tornou-se a pior possível.

A expansão persa veio pôr fim ao Segundo Império Babilônico. Os persas já haviam conquistado as regiões da Síria e da Palestina, e cortado aos comerciantes as rotas de acesso ao Mediterrâneo, enfraquecendo o comércio da Babilônia. Os comerciantes, interessados tão-somente na expansão do comércio e, consequentemente, no próprio enriquecimento, teriam aberto as portas da cidade aos invasores.

Em 539 a.C., os persas sob o comando de Ciro, conquistaram, praticamente sem encontrar qualquer resistência, a cidade de Babilônia, na época sob o governo de Nabonide.

A partir desta data, as sociedades da Mesopotâmia converteram-se em populações sob o domínio do Império Persa.

AQUINO, Rubim Santos Leão de et alli. História das Sociedades: das comunidades primitivas às sociedades medievais. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2008. p. 117-118.

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