"Os espelhos estão cheios de gente.
Os invisíveis nos vêem.
Os esquecidos se lembram de nós.
Quando nos vemos, os vemos.
Quando nos vamos, se vão?"
Eduardo Galeano: Espelhos

sábado, 18 de junho de 2011

Sociedades Mesoamericanas: Olmecas, Maias, Toltecas e Astecas

Mural maia em Bonampak. 
Século VIII. Artistas desconhecidos.

Estátua Chac Mool originária de Chichen Itza. 
Artistas desconhecidos. O Chac Mool representa uma figura humana numa posição reclinada com a cabeça erguida e voltada para um dos lados, segurando uma "bandeja" sobre a barriga. O significado da posição ou da própria estátua permanece desconhecido.
Foto: Luis Alberto Lecuna/Melograna


"Nunca serei capaz de dizer uma centésima parte do que se poderá falar a respeito delas" - afirmou o conquistador espanhol Fernão Cortez em 3 de outubro de 1520, em carta ao rei da Espanha, ao tentar descrever as maravilhas da capital asteca. À medida que os adelantados penetravam no interior do continente, surpreendiam-se com os tipos de sociedades que encontravam e com o alto nível de organização econômica, política e religiosa por elas atingido. Ainda hoje, à medida que se acumulam dados e hipóteses sobre as civilizações indo-americanas, revela-se aos historiadores, arqueólogos e outros estudiosos o alto grau de complexidade cultural atingido por esses povos.

As zonas em que se desenvolveram as chamadas Altas Culturas estão separadas geograficamente e possuem características ambientais distintas. A Mesoamérica compreendia o México e a América Central; nessa área desenvolveram-se as culturas formadoras dos maias e astecas. A Área Andina correspondia à região hoje ocupada pelo Equador, Peru e Bolívia, onde floresceu a cultura inca. Milhares de anos formam a História desses povos [...] até os soldados e os padres espanhóis se encarregarem de convertê-los em mão-de-obra servil e à fé católica, ou então os dizimarem.

A Mesoamérica apresentou como traço característico a existência de numerosos grupos étnicos com culturas distintas e falando línguas não aparentadas. Terras baixas alagadiças, planaltos semi-áridos, vales férteis formam o cenário onde, durante cerca de quinze mil anos, viveram diversos grupos humanos, dos quais os mais importantes foram os olmecas, localizados na planície costeira do golfo do México; os maias, que ocuparam a península do Iucatã e os altiplanos e costas da Guatemala; e os astecas, nas regiões do Planalto Central mexicano e do golfo do México.

[...]

* Os olmecas. A cultura olmeca, que se originou na costa sul do golfo do México (La Venta, San Lorenzo, Tenochititlán, Três Zapotes), é considerada a primeira cultura elaborada da Mesoamérica, e matriz de todas as culturas posteriores dessa área.

Quem foram os olmecas? A sua antiguidade remonta à época em que na Europa, depois de invadirem Creta, os aqueus se preparavam para conquistar Tróia. Portanto, por volta do século XIII a.C., surgiu na América a primeira civilização, que durou até cerca de 100 a.C. As características marcantes do Império Olmeca [...] foram a escultura monumental (colossais cabeças de pedra) e a presença de centros cívico-religiosos a que se subordinavam áreas periféricas (satélites).


"Señor de Las Limas". 
Arte olmeca. Artistas desconhecidos.
Foto: Cadeva

Tem razão o historiador mexicano Ignácio Bernal em declarar que "para nós, americanos, ainda é melhor conhecida a vida de Roma que a de Tenochititlán ou de Cuzco". Embora já se conheça razoavelmente bem a vida econômica e sócio-política dos astecas e incas, o mesmo não acontece com relação aos olmecas. Recentes pesquisas arqueológicas, realizadas em San Lorenzo, um dos principais centros olmecas [...] nos dão conta da existência de colinas artificiais, com desaguamentos subterrâneos que funcionariam como sistemas para controle da água. A costa meridional do golfo do México é uma área pantanosa, irrigada por numerosos rios. Nesse ambiente, os olmecas cultivaram milho, feijão e abóbora, complementando a subsistência com os produtos obtidos através da caça e da pesca.

Além de talhar monumentos gigantescos, feitos de pedra, os olmecas também destacaram-se no artesanato do jade.

[...]

A organização social dos olmecas era bastante desenvolvida. A população, espalhada pelo império, dividia-se entre uma minoria (sacerdotes, artífices de elite), que habitava os centros cerimoniais, e a maioria do povo - camponeses - que vivia nas aldeias.

Nos centros cerimoniais, como o de La Venta, havia  altos cômoros, em forma de pirâmide truncada, construídos sobre grandes plataformas de terra, organizadas ao redor de plazas, segundo um plano sistemático. Esses montículos de argila eram rodeados de enormes fossas, onde foram encontradas máscaras religiosas profundamente enterradas. [...]

[...]

O valor dominante do religioso caracterizou a arte olmeca. A escultura era bastante desenvolvida: monumentais cabeças de pedra, com rosto redondo, lábios grossos e nariz achatado; estatuetas com formas humanas; e outras apresentando uma mistura de traços humanos e felinos (jaguar). [...] Quanto à pintura, dela encontraram-se poucos exemplares, em locais distantes.


Cabeça olmeca de San Lorenzo. 
1200-900 a.C. Artistas desconhecidos

Sabe-se que tinham conhecimentos de astronomia [...] e um calendário, pois foram encontrados, em alguns monumentos, registros de datas muito antigas. Também conheciam a escrita e possuíam sistemas matemáticos.

Muitos traços e tradições dos olmecas sobreviveram entre as diversas culturas que os sucederam, como é o caso das culturas dos maias e astecas.

* Os maias. Os maias [...] constituíam povos que falavam línguas aparentadas, e elaboraram uma das mais complexas e influentes culturas da América. [...]

[...] possuíam uma economia agrícola baseada na produção do milho, considerado alimento sagrado, pois dele teria originado o homem, segundo a mitologia maia. A terra era cultivada coletivamente, obrigando-se os camponeses ao pagamento do imposto coletivo. A caça e a pesca eram atividades complementares [...].

[...]

A organização social dos maias ainda é, em grande parte, desconhecida. Entretanto, através do estudo da arte maia, sobretudo de sua pintura, pode-se caracterizar essa civilização como uma sociedade de classes. Uma elite (militares e sacerdotes) constituía a classe dominante, de caráter hereditário, que habitava os numerosos centros cerimoniais, circundados pelas aldeias onde vivia a numerosa mão-de-obra composta por camponeses submetidos ao regime da servidão coletiva. Os centros maias não eram apenas o lugar da administração e do culto, mas também exerciam funções comerciais: trocas de produtos cultivados e de artigos de artesanato (objetos de ouro e cobre, tecidos de algodão, cerâmica), sendo muito importante o ofício de mercador. Havia ainda os escravos, cujas figuras apareciam em numerosos monumentos do antigo império maia. "Estas 'figuras de cativos' certamente são uma representação dos prisioneiros de guerra reduzidos à escravidão, ainda que possam representar também as pessoas de todo um povoado ou aldeia [...]". (MORLEY, S. G. La Civilización Maya. Fondo de Cultura Económica: México, 1956.)

Politicamente, acredita-se que o governo maia fosse uma teocracia [...] de caráter hereditário, incumbido da política interna e externa, e do recolhimento do imposto coletivo das aldeias. Uma espécie de conselho assessorava esse governante. [...]

Os maias, na verdade, nunca chegaram a constituir um Império: cada cidade, com suas respectivas aldeias, formava um Estado independente: Palenque, Copán, Tikal e outras.

Do ponto de vista religioso, os maias acreditavam que o destino do homem era controlado pelos deuses, e, assim, toda a sua produção cultural foi nitidamente influenciada pela religião. A arquitetura era sobretudo religiosa. Utilizando, principalmente pedra e terra como materiais, e trabalho forçado da numerosa mão-de-obra camponesa, construíram-se templos, de forma retangular, sobre pirâmides truncadas, com escadarias, e estendendo-se ao redor de praças. Também se edificaram palácios, provavelmente para a residência dos sacerdotes, em que os interiores, geralmente longos e estreitos, eram cobertos por uma falsa abóboda, característica desse tipo de edificação. Todas as dependências revestiam-se de elaborada decoração - esculturas, pinturas murais, baixos-relevos -, geralmente representando cenas guerreiras ou cerimoniais [...]. A escultura em terracota foi outro exemplo notável da arte maia, enquanto a pintura, utilizando cores vivas e intensas, atingiu alto grau de perfeição.

A preocupação religiosa também estava presente nas realizações dos maias no campo do registro do tempo. [...]

O calendário cíclico, que abrangia um período de 52 anos, era um sistema complexo de contagem do tempo, agrupando três ciclos, com número diferente de dias e com múltiplas combinações. Esse calendário orientava as atividades humanas e pressagiava a vontade dos deuses. Os maias fizeram notáveis progressos na astronomia (eclipses solares, movimento dos planetas). Também adquiriram avançadas noções de matemática, como um símbolo para o zero e o princípio do valor relativo.

Embora não esteja ainda de todo decifrada, já se sabe que a escrita maia, considerada sagrada, não se baseava em um alfabeto: havia sinais pictográficos e símbolos representando sílabas, ou combinações de sons.

No que restou da produção literária, sobressai o Popol Vuh, livro sagrado dos maias, que contém numerosas lendas e é considerado um dos mais valiosos exemplos da literatura indígena.


Lintel proveniente da cidade de Yaxchilán, apresentando um ritual de sangue.
Artistas desconhecidos

Por volta do ano 900, o antigo império maia sofreu um declínio de população [...]. Alguns estudiosos atribuem o abandono dos centros maias à guerra, insurreição, revolta social, invasões bárbaras etc. De fato, os grandes centros foram abandonados, porém não de súbito. As hipóteses mais prováveis apontam para uma exploração intensiva de meios de subsistência inadequada, provocando a exaustão do solo e a deficiência alimentar.


Relevo representando um príncipe maia de Palenque.
Artistas desconhecidos

A cultura maia posterior, fundindo-se com a dos toltecas, prolongou-se no novo império maia até a conquista definitiva pelos espanhóis.

* Os toltecas. Por volta do ano 900, os toltecas, um povo do grupo linguístico naua, estabeleceram-se na região do Planalto Central mexicano, fazendo de Tula a sua capital. Segundo antigos textos indígenas, os habitantes de Tula seriam descendentes dos grupos que abandonaram Teotihuacán, quando de sua decadência. Em Tula formou-se um novo centro cerimonial, seguindo-se a tradição mesoamericana: praças circuladas por plataformas de terra. Foi revivido o culto a Quetzalcoatl, divindade cujo nome foi adotado pelo filho de um dos primeios personagens históricos de que se tem notícia na América Indígena - Mixcoatl. Segundo os textos antigos, Mixcoatl teria guiado os grupos nômades toltecas até a parte central do México. A sociedade tolteca também foi profundamente influenciada pela religião, que tinha em Quetzalcoatl o deus principal, representado pela serpente emplumada.

Através de arte dos toltecas, pode-se caracterizar a sua sociedade como urbanizada e militarista. A arquitetura apresentou um elemento inovador: construção do teto sobre vigas de madeira, sustentadas por colunas de pedra representando gigantescas figuras de guerreiros. A principal pirâmide (templo) de Tula, formada por cinco terraços sobrepostos, foi consagrada a Quetzalcoatl. Os toltecas também se destacaram na construção de palácios. Todas essas construções eram ricamente decoradas, o que demonstra a habilidade desse povo na escultura e na pintura: baixos-relevos simbolizando as diversas formas animais da divindade (águia, jaguar, coiote) e motivos de crânios decoravam as paredes; as pilastras de sustentação apresentavam figuras de guerreiros armados com escudos e propulsores de dardos; e relevos policrômicos representavam serpentes.

A partir do século XI, provavelmente empurrados pelas invasões de novos povos nauas, os toltecas deslocaram-se para a zona maia, na península do Iucatã, onde, talvez através de uma guerra de conquista, introduziram suas crenças religiosas e seus traços artístico-culturais, iniciando o período que se convencionou denominar de Novo Império Maia, combinação de elementos culturais maias e toltecas.

Na decadente cidade maia de Chichén-Itzá - que passou a liderar uma Confederação de Cidades (Uxmal, Maiapã) -, foi erguido um famoso monumento, batizado de El Castillo pelos conquistadores espanhóis: uma pirâmide com 365 degraus (o mesmo número de dias do ano, o que demonstra o típico uso ritual da astronomia), que conduziam até um templo dedicado a Kukulcán (denominação maia para Quetzalcoatl). Outras realizações arquitetônicas em Chichén-Itzá foram o Pátio das Mil Colunas, perto de El Castillo, o Templo dos Guerreiros e o Templo do Jaguar. Nesse antigo centro religioso, também reviveram os padrões da escultura maia, como nos relevos que decoram o Templo de Xochicalco, ao lado de elementos caracteristicamente toltecas, como a mitológica serpente emplumada, o homem reclinado ("chacmool") e outros.

Depois de praticamente três séculos de existência, Chichén-Itzá foi abandonada (cerca de 1200) devido, provavelmente, a lutas internas.

* Os astecas. Os astecas - ou mexica, como se autodenominavam - estabeleceram-se no Vale do México depois de 1200. Como esse antigo povo nômade e caçador pôde chegar, em apenas três séculos, a dominar a maior parte do México e a construir uma das mais importantes e complexas civilizações da Mesoamérica?

Ao chegar no Vale do México, partindo da legendária Aztlán (daí asteca), essa "tribo bárbara e primitiva" encontrou o território ocupado por outros grupos indígenas. Porém, em relativamente pouco tempo, os astecas formaram um grande império, baseado na conquista militar. Nos inícios do século XIV, fundaram a sua capital - Tenochtitlán, erguida em uma ilha do lago Texcoco -, ao redor do templo dedicado a Huizilopochtli (o Sol), deus da guerra. Quando os soldados de Cortez chegaram ao México, em 1519, maravilharam-se ante os canais, praças, mercados, pirâmides e palácios da capital asteca, então uma cidade com cerca de 200 mil habitantes, centro de um império que se estendia desde o norte do México até a Guatemala, ao sul, e do oceano Pacífico até o Atlântico. Evidentemente, a dominação asteca fez-se à custa das tribos vizinhas, subjugadas ou pela força militar, ou por hábil política diplomática, e obrigadas a pagar tributos.

[...]

A base da economia era a agricultura, e, ao lado do milho, o principal alimento, cultivavam-se o feijão, a abóbora, o tomate, o algodão e o tabaco. A domesticação de animais voltou-se sobretudo para cachorros e perus.

Desprovidas de terras cultiváveis, as tribos astecas, para sobreviver, tiveram que criar engenhosos sistemas de irrigação, conhecidos como chinampas ou "jardins flutuantes": "A chinampa era, na realidade, uma pequena ilha artificial, feita pela acumulação de lama das margens pantanosas do lago, que era mantida no seu lugar com um revestimento de juncos e, mais tarde, por meio de árvores cujas raízes mantinham a terra solidamente aglomerada. [...]" (VAILLANT, G. C. Os astecas do México. Ulisséia: Lisboa, 1944).

A terra era possuída coletivamente pela tribo e dividida pelos clãs, sendo por sua vez subdividida entre os chefes das famílias. Ao lado da terra comunal, onde todos os trabalhavam e de onde se extraía o sustento do chefe do clã, dos sacerdotes, dos militares e o imposto coletivo, havia parcelas de terra cultivadas separadamente pelas famílias. [...]

[...]

O artesanato urbano e o comércio também foram muito importantes. [...] Nas cidades [...] apareceu um artesanato especializado: cerâmica, tecidos, utensílios e jóias eram trocados entre as cidades nos mercados urbanos.

[...]

O comércio a longa distância [...] incluía a troca dos artigos da costa (conchas, peles de jaguar, plumas, jade e cacau) pelos das terras altas (roupas, ornamentos de ouro e cobre, objetos de obsidiana, cordas de fibra). Tanto os artesãos urbanos quanto os comerciantes reuniam-se em corporações, formando categorias distintas da população.

A sociedade era rigidamente hierarquizada: o governante, semidivino, situava-se no topo da pirâmide social, seguido pela aristocracia (chefes militares, sacerdotes e altos funcionários do Estado), artesãos de elite e comerciantes, camponeses e, por último, os escravos (prisioneiros de guerra, indivíduos que haviam sido punidos por crimes, ou vendidos pelos pais). [...]

Devido às guerras constantes, e à consequente escassez de homens, a poligamia era praticada. A mulher ocupava uma posição social inferior à do homem, embora possuísse direitos definidos em lei. O casamento entre membros de um mesmo clã era proibido.

Do ponto de vista político, os astecas viviam sob uma monarquia, em que o governante supremo, ou Tlacatecuhtli (chefe dos guerreiros), tinha como função principal o comando dos exércitos [...].

A monarquia asteca era de caráter teocrático e militar. [...]

[...]

O pensamento religioso era o dominante. A complexa concepção do mundo sobrenatural obedecia à mesma estruturação da sociedade: uma hierarquia de deuses, tendo entre as divindades importantes o deus da chuva, Tlaloc, que compartilhava os grandes templos com Huitzilopochtli, o deus da guerra [...]. Os sacerdotes guiavam e marcavam as cerimônias que obedeciam às prescrições rituais dos calendários e das estações. [...]

A maior parte das realizações artísticas foi destruída pelos espanhóis. Entretanto, pelo que restou, podemos avaliar a grande contribuição dada pelos astecas à cultura mesoamericana. [...] Os templos eram os monumentos arquitetônicos mais imponentes: tinham uma plataforma  cujas vertentes inclinadas eram geralmente cortadas por terraços; escadarias, blocos de pedra esculpida, representando cabeças de serpentes, caveiras ou outras formas simbólicas, completavam o padrão dessas construções. [...] A escultura notabilizou-se pela estatuária religiosa, de concepção simbólica ou naturalista, em geral maciça e pesada, utilizando como materiais a pedra e o barro cozido. Também se destacaram nos trabalhos de mosaico. A Pedra do calendário, onde se conta a história do mundo, constitui um exemplo da preocupação dos artistas astecas com os detalhes. [...] A pintura (iluminuras), quase toda perdida, devido à queima de milhares de manuscritos pelos conquistadores, representava cenas históricas e mitológicas.


Iluminura representando guerreiros.
Códice Mendoza. Artistas desconhecidos

Os astecas possuíam uma escrita pictográfica, um sistema numérico vigesimal e um complicado calendário solar - composto de 18 meses de 20 dias cada um e mais um período de cinco dias complementares [...].


O desaparecimento da maior parte das culturas indígenas da América, de seus valores originais e modos de existência, representou a violência do conquistador sobre um continente inteiro. Os descendentes desses grupos indígenas, majoritários em alguns países (México, Peru, Bolívia, Paraguai) e minoritários em outros (Argentina, Brasil), vivem, hoje, sob condições de exploração e miséria [...].

AQUINO, Rubim Santos Leão de et al. História das sociedades americanas. Rio de Janeiro: Record, 2010. p. 45-46, 54-67, 80.

2 comentários:

  1. Não bastasse a invasão, o genocídio e o domínio dos espanhóis, devidamente apoiados pela religião cristã, destruíram os registros que hoje poderiam nos mostrar com clareza os fatos ao invés de restarem apenas conjecturas...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sem dúvida Brasilaves. Os padres e missionários destruíram praticamente todos os registros escritos dos povos ameríndios. Pelo alto nível alcançado em suas construções dá para se ter uma noção de quão avançado eram os conhecimentos de matemática, geometria e astronomia desses povos, sem falar de outros conhecimentos que se perderam quando os códices foram queimados. Perdas irreparáveis. Nos resta contemplar os sítios arqueológicos e lutar para que esses não virem pó nos tempos modernos. Abraços.

      Excluir