"Os espelhos estão cheios de gente.
Os invisíveis nos vêem.
Os esquecidos se lembram de nós.
Quando nos vemos, os vemos.
Quando nos vamos, se vão?"
Eduardo Galeano: Espelhos

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Lamento do povo Azande

Mulher e criança Azande, Richard Buchta

O menino morreu;
cubramos nossas caras
com terra branca.
Quatro filhos pari na
choça de meu esposo.
Somente o quarto vive.
Quisera chorar,
mas nesta aldeia
está proibida a tristeza.

GALEANO, Eduardo. Memórias do fogo: Os nascimentos. Porto Alegre: L&PM, 2013. p. 266.

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