Na América do Sul, a metalurgia é um processo complexo que aparece na região andina (Colômbia, Equador e norte do Peru), por volta de 1800 a.C. Uma vez que o ferro era desconhecido, é especialmente o ouro e o cobre que são explorados. Os sítios de Waywaka Andalahuaylas, nos Andes centrais (Apurimac), forneceram assim folhas de ouro e de cobre, marteladas e gravadas, datadas de 1500 a.C. Nos Andes meridionais, restos de cobre foram recolhidos nos sítios de Wankarani e Chiripa (1800-500 a.C.) nos altos platôs bolivianos. E, ao norte da Argentina (Condorwasi, Cienaga e La Aguada) e do Chile (Atacama), a utilização de ligas de cobre e prata e de bronze com arsênico e estanho é atestada a partir do 1º milênio a.C.
O metal era fundido em pequenos fornos ventilados com a ajuda de tubos direcionados para o forno e nos quais era suficiente soprar para reativar o fogo. Martelado quente, permitia obter folhas que eram recortadas em seguida, rebatidas e soldadas para confeccionar ornamentos (alfinetes, broches, braceletes, colares, ornamentos de nariz...) de ouro ou de cobre dourado, destinados aos dignitários locais e, mais raramente, utensílios (tesouras, facas, louça).
Joalheria, Tolima, Colômbia, c. 400-1000 AD.
De 200 a 500, com o desenvolvimento das culturas Vicus, Moche e Recuay, todas as técnicas de ourivesaria foram empregadas, como a fundição em cera perdida, a coloração, a filigrana e a utilização de uma liga de ouro e de cobre (chamada tumbago) na Colômbia, ou de ouro e prata (ou de ouro e platina) no Equador.
SALLES, Catherine [dir.]. Larousse das civilizações antigas 1: dos faraós à fundação de Roma. São Paulo: Larousse do Brasil, 2008. p. 52-53.
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