“Aqueles que não conseguem se
lembrar do passado estão condenados a repeti-lo.”
George Santayana, filósofo
O
biogeógrafo norte-americano Jared Diamond, na instigante obra “Colapso”, nos
alertou sobre como as civilizações morrem. O que assistimos, hoje, em todo o
globo, são mais do que sinais de esgotamento do curso civilizatório. Há um
colapso dos poderes políticos, incapazes de solucionar os gravíssimos problemas
oriundos de um sistema econômico voraz, que tudo transforma em lucro, gerando
as maiores desigualdades sociais de todos os tempos históricos, haja vista a
péssima distribuição de renda e a destruição avassaladora dos já escassos
recursos naturais em nível planetário. Como conseqüências “irreversíveis” temos
o efeito estufa, o aquecimento global, o derretimento das calotas polares, as
chuvas ácidas... Nesse cenário apocalíptico está imersa a Civilização Global,
civilização que, após 6 milênios de avanços e recuos, encontra-se a beira de um
colapso.
A
incompreensão do outro, os fanatismos político-religiosos, as intolerâncias de
todas as matizes, os preconceitos infundados, as mazelas seculares, a explosão
demográfica desenfreada e tantos outros fatores contribuem, significativamente,
para uma espécie de “déjà vu” nas mentes. O mundo tornou-se uma aldeia global, lugar
onde o verbo “ter” é conjugado de forma leviana. O “ser” não importa. É a
estupidez em seu estágio agonizante.
Como
na mitologia grega, a caixa de Pandora foi aberta. Da caixa eclode tudo o que
nos assola e nos apavora. Seria o Armagedon? Sobreviveremos a essa catástrofe
anunciada? Os problemas são de ordem global. Portanto, as soluções, devem ser mundiais.
Caso contrário... legado de cinzas.
© 2015 by Orides Maurer Jr.
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