"Os espelhos estão cheios de gente.
Os invisíveis nos vêem.
Os esquecidos se lembram de nós.
Quando nos vemos, os vemos.
Quando nos vamos, se vão?"
Eduardo Galeano: Espelhos

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Duas aquarelas de Rugendas: Porto da Estrela e Rua Direita

No Porto da Estrela está o mundo rural bem definido. Tropeiros, arrieiros de tropa, tocadores de tropa. Todos distinguíveis pelos seus trajes e pelo tirar o chapéu aos poderosos. Um arrieiro de tropa a cavalo, identificado pelo seu miserável capotão. Os escravos e os camaradas, descalços. E à vista outro importante diferencial. Os cavalos. Muitos fazendeiros na sua representação tinham potreiros nos quais criavam seus animais de sela. Cavalos inteiros para mostrar o quão exímios cavaleiros eles eram. A iconografia desta época mostrou a utilização de freios pesados, cavalos com pescoços em "chaleira", denotando a "mão pesada" dos ginetes e a tensão dos animais.

Porto da Estrela, Rugendas

Na Rua Direita estão os dois mundos: o rural e o urbano. Parece um "carnaval", mas é uma iconografia riquíssima para se entender o Brasil de então. Rei indo para o Palácio, transeuntes fazendo a vênia, procissão, comerciantes, tropeiros, rico casal em sua sege, escravos de quitanda com outros escravos, padres, prostitutas e vendeiros. Entretanto, todos sabiam o seu lugar, os seus limites. Havia uma "ordem" invisível a quem não a conhecesse, mas muito bem formalizada: o Paço, comerciantes, tropeiros e fazendeiros, os livres, os forros, os escravos e por fim os escravos novos. No exercício de sua masculinidade, o jovem senhor tinha de falar, transitar e impor suas ordens a todos os grupos da sociedade.

Rua Direita, Rugendas

Eduardo Schnoor. "Riscando o chão": masculinidade e mundo rural entre a Colônia e o Império. In: PRIORE, Mary del; AMANTINO, Marcia. História dos homens no Brasil. São Paulo: EDUSP, 2013. p. 95-98.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Ecce homo (Parte 3): da crucificação à ressurreição

Caminho para o calvário, Mestre de Osservanza

Cristo pregado na cruz, Gerard David

Crucificação de Cristo, Luca Signorelli

Crucificação com Maria Madalena, Luca Signorelli

Crucificação, Luca Signorelli

Crucificação de Cristo, Jacob Jordaens

A crucificação de Cristo (detalhe), Matthias Grünewald

Cristo na cruz, El Greco

Cristo crucificado, Diego Velázquez

Crucificação, Antonello de Messina

As três Marias na tumba, Jan van Eyck

As santas mulheres na tumba, William-Adolphe Bouguereau

Cristo e os dois seguidores na estrada para Emmaus, Alonso Cano

A paz esteja convosco! (Cristo aparece para os apóstolos), Andrey Mironov

Ascensão de Jesus ao paraíso, John Singleton Copley

sábado, 25 de abril de 2015

Ecce homo (Parte 2): da prisão à flagelação

Gólgota, Nikolai Ge

Cristo é levado prisioneiro, Giuseppe Cesari

Pilatos lavando as mãos, Duccio

Cristo diante de Pilatos, Mihály Munkácsy

Cristo diante de Pilatos, Nicolaes Maes

Cristo diante de Pilatos, Jacek Malczewski

Cristo é mostrado ao povo, Jan Mostaert

Flagelação, Giovanni Domenico Tiepolo

Flagelação de Cristo, Caravaggio

A flagelação de Cristo, Piero della Francesca

A flagelação de Cristo, Guercino

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Ecce homo (Parte 1): a vida de Jesus - do nascimento à prisão

Anunciação, Leonardo da Vinci

Anunciação. Ave Maria, cheia de graça, Sandro Boticelli

Adoração dos magos, Gerard van Honthorst

Cristo na casa de seus pais, John Everett Millais

Jesus encontrado no templo, James Tissot

Sermão da montanha, Carl Heinrich Bloch

Jesus andando sobre as águas, Ivan Aivazovsky

O milagre dos peixes, Rafael Sanzio

Cristo no Monte das Oliveiras, Andrea Mantgena

Entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, Jean-León Jérôme

Jesus expulsando os vendilhões do templo, El Greco

A última ceia, Joan de Joanes

A última ceia, Leonardo da Vinci

Ecce homo, Luca Giordano

Ecce homo, Caravaggio

Ecce homo, Jan Provoost

Ecce homo, Quentin Matsys

Ecce homo, Andrea Solari

Ecce homo, Mihály Munkácsy

Ecce homo, Christian Rohlfs

Ecce homo, Nikolaus Obilman

Ecce homo, Lovis Corinth

Ecce homo, Philippe de Champaigne

Ecce homo, Bartholomäus Spranger

Ecce homo, Antonio Ciseri

Ecce homo, Tintoretto

Ecce homo, Ticiano