O período dito dos “reinos
combatentes” estende-se aproximadamente da morte de Confúcio (479 a .C.) à fundação do
Império, em 221 a .C.
É uma época de aceleração da história: as transformações políticas, econômicas
e sociais dos séculos VIII-VI foram concluídas. O território chinês, ainda
nominalmente sob a autoridade do rei da dinastia dos Zhu, é dividido em vários
principados que se entregam a guerras mortíferas, segundo alianças e reversões
incessantes, terminando com a vitória fulgurante do reino de Qin, que
reunificará o território.
A guerra se transforma: é mais
longa, mais “profissional”, realizada por exércitos de soldados de infantaria
anônimos enviados ao matadouro e com armas de ferro mais sofisticadas. É dessa
época que data a estratégia militar chinesa e o famoso tratado, a Arte da guerra. Nos principados, os
soberanos já se cercam de conselheiros, antepassados dos letrados do Império. É
o momento das reformas administrativas políticas, econômicas (generalização do
distrito, do imposto, do serviço militar) e dos grandes trabalhos de
valorização do território, embora novas mentalidades apareçam, voltadas para a
eficácia ou até mesmo para o cinismo.
Um dos personagens-chave dos
reinos combatentes é o rico mercador, que detém um papel político junto aos
príncipes. A guerra estimula, com efeito, a economia: a produção agrícola,
nervo da guerra, mas também a indústria mineira e a metalurgia. As cidades, os
contratos, as moedas se desenvolvem.
Bronze, século III
SALLES, Catherine [dir.]. Larousse
das civilizações antigas 2: da Babilônia
ao exército enterrado chinês. São Paulo: Larousse do Brasil, 2008. p. 186.
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