रामायण और महाभारत के महाकाव्य
Rama sentado com Sita , abanado por Lakshmana, enquanto Hanumam faz reverência. Artista desconhecido
Composta entre 400 a.C. e 400 d.C., as duas epopeias se tornaram rapidamente os relatos literários mais populares da Índia, e isso apesar de sua extensão monumental: o Ramayana (As Gestas de Rama), conta com 24 mil versículos, enquanto o Mahabharata (A Grande Gesta de Bharata), é, com quase 100 mil versículos, a maior epopeia de todas as literaturas. As condições de elaboração desses gigantescos poemas não gozam sempre de unanimidade entre os indianistas: para alguns, elas devem ser atribuídas a um único autor, para outros resultam de adições e remanejamentos sucessivos. Seja como for, sua transmissão, pela recitação, pela canção, pelo teatro ou pela dança, nunca foi interrompida até nossos dias.
Pela riqueza de seu conteúdo, de inspiração religiosa e filosófica, essa literatura se dirige a todos. As crianças se entusiasmam com as façanhas maravilhosas do "deus macaco", Hanumam, que ajuda o príncipe Rama a libertar a bela Sita. Os letrados encontram no Bhagavad Gita (Canto do Senhor), que constitui o episódio mais famoso do Mahabharata, do que alimentar sua reflexão sobre os deveres das diferentes castas e a conformidade necessária de sua ação com o Dharma, a ordem cósmica.
Se as duas epopeias são inesgotáveis em matéria de mitologia, é difícil extrair delas fatos de valor histórico. Ainda que certos especialistas tenham visto no Mahabharata um reflexo dos enfrentamentos que ocorreram entre os árias (ou arianos) e as populações autóctones, no 2º milênio a.C., o significado histórico dessa obra reside sobretudo no fato de que é uma resposta - ou, melhor, uma réplica - dos brâmanes diante da expansão do budismo.
SALLES, Catherine (dir.). Larousse das civilizações antigas 3: das Bacanais a Ravena. São Paulo: Larousse do Brasil, 2008. p. 251.
NOTA: O texto "As epopéias do Ramayana e do Mahabharata रामायण और महाभारत के महाकाव्य" não representa, necessariamente, o
pensamento deste blog. Foi publicado com o objetivo de refletirmos sobre a
construção do conhecimento histórico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário