Não é difícil entender por que os surrealistas do século XX elegeram Hieronymus Bosch (c. 1450-1516) seu santo padroeiro. Os artistas modernos exploravam o imaginário irracional dos sonhos, mas não chegaram a superar a bizarra imaginação de Bosch.
A pintura moralista de Bosch sugere criativas formas de tortura aplicadas como punição aos pecadores. Imagens grotescas - monstros híbridos, meio humanos, meio animais - habitam suas estranhas, perturbadoras paisagens. Embora os críticos modernos tenham sido incapazes de decifrar um sentido subjacente, parece claro que Bosch acreditava que a humanidade, seduzida e corrompida pelo mal, deveria sofrer consequências catastróficas.
STRICKLAND, Carol. Arte comentada: da pré-história ao pós-moderno. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002. p. 41.
O jardim das delícias terrestres: jardim do Éden. (Painel esquerdo), Hieronymus Bosch
O jardim das delícias terrestres (detalhe do painel esquerdo)
O jardim das delícias terrestres: paraíso. (Painel central), Hieronymus Bosch
O jardim das delícias terrestres (detalhe do painel central)
O jardim das delícias terrestres: inferno. (Painel direito), Hieronymus Bosch
O jardim das delícias terrestres (detalhe do painel direito)
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