"Os espelhos estão cheios de gente.
Os invisíveis nos vêem.
Os esquecidos se lembram de nós.
Quando nos vemos, os vemos.
Quando nos vamos, se vão?"
Eduardo Galeano: Espelhos

terça-feira, 16 de julho de 2013

Bosch: o jardim do grotesco

Não é difícil entender por que os surrealistas do século XX elegeram Hieronymus Bosch (c. 1450-1516) seu santo padroeiro. Os artistas modernos exploravam o imaginário irracional dos sonhos, mas não chegaram a superar a bizarra imaginação de Bosch.

A pintura moralista de Bosch sugere criativas formas de tortura aplicadas como punição aos pecadores. Imagens grotescas - monstros híbridos, meio humanos, meio animais - habitam suas estranhas, perturbadoras paisagens. Embora os críticos modernos tenham sido incapazes de decifrar um sentido subjacente, parece claro que Bosch acreditava que a humanidade, seduzida e corrompida pelo mal, deveria sofrer consequências catastróficas.

STRICKLAND, Carol. Arte comentada: da pré-história ao pós-moderno. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002. p. 41.

O jardim das delícias terrestres: jardim do Éden. (Painel esquerdo), Hieronymus Bosch

O jardim das delícias terrestres (detalhe do painel esquerdo)


O jardim das delícias terrestres: paraíso. (Painel central), Hieronymus Bosch

O jardim das delícias terrestres (detalhe do painel central)


O jardim das delícias terrestres: inferno. (Painel direito), Hieronymus Bosch

O jardim das delícias terrestres (detalhe do painel direito)

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