Embora Hogarth tenha inaugurado essa forma de arte, antes do século XIX poucos foram os quadros ligados à consciência social. Os artistas se interessavam por temas grandiosos e, além disso, não ficava bem ter protestos políticos pendurados nas paredes. Alguns que desafiaram o status quo foram:
Francisco Goya denunciou, em tom causticante, as loucuras dos homens em quadros como "Três de Maio de 1808", componente de uma série denominada As Calamidades da Guerra.
Honoré Daumier, em "Rue Transnonain, 15 de abril de 1834", retratou um monte de corpos executados pelas tropas do governo. Aqui ele deixa implícito o efeito mortificante dos transportes na Idade da Máquina.
Jacob Riis, pioneiro do fotojornalismo, denunciou condições escandalosas como a dos imigrantes sem-teto.
Pablo Picasso atacou a destruição e a crueldade da guerra em obras como "Guernica".
Diego Rivera retratou um executado camponês mexicano como Cristo retirado da cruz.
Dorothea Lange deu ênfase à pobreza dos destituídos durante a Depressão.
Anselm Kiefer usou imagens dramáticas para protestar contra o horror do Holocausto.
STRICKLAND, Carol. Arte comentada: da pré-história ao pós-moderno. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002. p. 157.
Nenhum comentário:
Postar um comentário