Porque fomos conquistados, mas não vencidos;
Porque tiraram nossos rios, mas somos os rios e as veias de nossos povos;
Porque nos esmagaram, mas não acabaram conosco;
Porque nos espremeram como fruta, mas continuamos a ser poços de água viva;
Porque continuam a nos perseguir, porém nunca nos apanham;
Porque nos arrancam os olhos, mas nós já enxergamos o novo dia;
Porque nos esquartejam como bois, mas nós permanecemos inteiros;
Porque nos matam, mas não nos destroem;
Porque nos enterram vivos, nós, porém, ressuscitamos!
Autor anônimo maia quiché
GUARANI, Emerson; PREZIA, Benedito. A criação do mundo e outras histórias indígenas. São Paulo: Formato Editorial, 2011. p. 53.
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