No oeste da Ásia, a contraparte dos templos budistas e hindus do sul e do leste da Ásia e das catedrais da Europa eram as mesquitas islâmicas, caracteristicamente uma estrutura com abóbodas. Embora os domos estivessem em uso no oeste da Ásia antes da conquista árabe, os muçulmanos posteriormente elevaram essa forma arquitetônica até proporções monumentais; os domos das mesquitas são a evidência das habilidades sem igual dos engenheiros e arquitetos do oeste asiático. Centenas de estruturas abobadadas, principalmente mesquitas, foram construídas por todo o oeste asiático e além, quando o Islã se expandiu. [...]
Após a captura de Constantinopla pelos turcos otomanos, em 1453, eles direcionaram recursos consideráveis para a construção de um elaborado complexo de cisternas, represas, reservatórios, diques e aquedutos para suprir de água sua nova capital, construída no sistema romano/bizantino. [...] Além dos sistemas de água, havia outros projetos de obras públicas cuja construção exigia engenheiros qualificados, como no caso de pontes e construções abobadadas. [...]
No começo do período moderno, centenas de estruturas com abóbodas, principalmente igrejas e mesquitas, foram construídas por toda a Europa, oeste da Ásia e norte da África. Estilos locais de arquitetos emergiram no oeste asiático entre os otomanos, na Turquia, os safávidas, no Irã, e os mamelucos, no Egito. O estilo otomano foi simbolizado por domos imensos nas mesquitas de Istambul, com seus brilhantes minaretes em forma de lápis; o estilo persa safávida das deslumbrantes mesquitas, cobertas com azulejo, de Isfahan e seus domos bulbosos; e o estilo árabe mameluco pelos domos de pedra caprichosamente unidos e entalhados nas tumbas dos sultões no Cairo.
O domo que coroava a mesquita de Suleymaniye, em Istambul, reunia os domos de grande escala. Ele foi desenvolvido para Suleyman, o Magnífico, por Sinan (1588), o maior arquiteto otomano e um valoroso rival de seu contemporâneo europeu, Michelangelo. [...]
Mesquita de Suleymaniye, Istambul
A cultura mughal, na Índia, foi o produto de influências pérsico-islâmicas e hindus, e refletia essa mistura cultural. O monumento mais famoso da arquitetura mughal é o Taj Mahal, construído como mausoléu para a esposa do xá Jahan, Mumtaz Mahal, após sua morte ao dar à luz, em 1631. Dessa forma, o monumento refletia a tentativa individual de preservar a memória pessoal. Desenvolvido por dois arquitetos persas, precisou-se de mais de 20 mil trabalhadores e mais de 20 anos para ser construído. [...] O Taj Mahal, contudo, também foi visto como um símbolo de opressão por parte do xá Jahan. Muntaz Mahal morreu em Deccan, uma região da Índia em que seu marido precisou empreender guerras custosas para assumir o controle, o que causou dizimação dos camponeses locais por causa de uma das piores fomes registradas na Índia. [...]
GOUCHER, Candice; WALTON, Linda. História mundial: jornadas do passado ao presente. Porto Alegre: Penso, 2011. p. 287-288.
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