Máscara de Teotihuacán. C. 300-600. Artista desconhecido.
Máscaras como esta representam o auge do desenvolvimento artístico da civilização de Teotihuacán. Elas eram usadas em rituais fúnebres de governantes e pessoas importantes, e cobriam o rosto do morto. As máscaras eram símbolos da transformação e da transição da forma humana para um estado de divindade - acreditava-se que as pessoas enterradas em Teotihuacán se tornassem heróis deificados - e os deuses sempre escondiam seus rostos com máscaras. Máscaras foram encontradas nos prédios públicos e religiosos que se estendem pela Calzada de los Muertos (avenida dos Mortos), que atravessa a antiga cidade de Teotihuacán de norte a sul. Ligeiramente maior do que o rosto humano, essas máscaras eram feitas de pedra polida, jade ou obsidiana, e algumas são decoradas com mosaicos, conchas, corais e turquesas. As cores das pedras se relacionam a deuses específicos, e as pessoas que usavam as máscaras geralmente estavam enfeitadas com outros artefatos reais, como brincos e colares, feitos com pedras preciosas e semipreciosas.
Esta máscara tem os traços planos e lisos característicos da maioria das máscaras encontradas em Teotihuacán, as quais retratam uma expressão facial idealizada, ainda que anônima. Os traços amenos são intencionalmente estilizados: a máscara é dividida em planos geométricos quase simétricos. Isso é, em parte, consequência da técnica de corte horizontal da rocha usada para se fazer a máscara, mas também expressa um desejo de comunicar a essência do espírito do morto.
Rodolfo Molina. Máscara de Teotihuacán. In: FARTHING, Stephen. Tudo sobre arte. (org.). Rio de Janeiro: Sextante, 2011. p. 36-37.
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