Uma das imagens mais conhecidas dos Estados Unidos encontra-se no porto de Nova Iorque: a Estátua da Liberdade. [...]
Seu autor, Frédéric Auguste Bartholdi, escultor francês, não conseguiu terminá-la no prazo marcado: o ano de 1876, quando os EUA completariam o primeiro centenário da sua independência. Só em 1886, ou seja, 10 anos depois, Bartholdi acabou sua obra, que chamou de A Liberdade Iluminando o Mundo, oferecida aos Estados Unidos pelo governo da França.
[...] a França teve um papel decisivo na conquista da independência dos Estados Unidos. A oferta, com certeza, teve o objetivo de fazer os norte-americanos não esquecerem de que a sua liberdade fora obtida graças à França.
Mas a liberdade política da Nação não significou a liberdade individual para toda a sociedade, porque milhares de indivíduos permaneceram sem ter esse direito: os escravos negros.
E foi preciso uma guerra - a Guerra da Secessão (1861-1865) - para que a escravidão fosse abolida nos EUA.
Embora cerca de 600.000 pessoas tenham morrido durante o conflito, também marcado pelos terríveis estragos materiais ocorridos (plantações incendiadas, povoados saqueados, ferrovias destruídas etc.), o fim da escravidão não significou que os negros alcançassem direitos civis e políticos iguais aos dos brancos.
[...] a retirada das tropas da União do Sul representou para os negros o fim do exercício do voto, direito estabelecido por emenda constitucional.
"O legado da Guerra Civil acabou sendo a transmissão para o negro de uma condição ambígua: a de nem ser escravo nem cidadão. O negro passaria ainda muitos anos como um membro de um sistema de castas e viveria como um cidadão de segunda classe em uma sociedade que, desde o século XVIII, tinha se manifestado a favor da proposta de que 'todos os homens eram criados iguais'."
Apesar disso, a guerra favoreceu a concentração de capitais, pois, durante a Reconstrução (1865-1877), a maior liberdade de ação dos empresários nortistas contribuiu para o desenvolvimento do capitalismo nos Estados Unidos.
O que foi a Reconstrução? A denominação é aplicada ao período imediatamente posterior à Guerra de Secessão, quando o Sul ficou ocupado pelas tropas nortistas.
A violência da Reconstrução levou os vencidos sulistas a se organizar em sociedades secretas, sendo a Ku-Klux-Klan a mais conhecida.
[...] O vestuário e os capuzes brancos têm duplo objetivo: ocultar a identidade do membro da sociedade secreta e tornar sua imagem aterrorizadora. Embora usem uma cruz sobre o peito, como se fossem novos cruzados, os ativistas da Klux agiam - e continuam agindo - como verdadeiros demônios racistas: atacavam negros e brancos defensores dos direitos dos negros, não hesitando em recorrer ao assassinato de seus adversários.
A violência igualmente se expressou através da formação de quadrilhas de assaltantes de bancos e trens. Os filmes de bangue-bangue, produzidos em grande quantidade, principalmente em Hollywood, buscam inspiração em pedaços da História norte-americana no século XIX. Não pense, porém, que o enredo dos filmes realiza uma reconstituição histórica correta. Assim, vemos assassinos converterem-se em heróis, como acontece nos filmes de Billy the Kid, Jesse e Frank James e tantos outros.
[...]
Em consequência das mudanças havidas no período entre o fim da Guerra de Secessão (1861-1865) e o início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), os Estados Unidos tornaram-se uma das maiores potências mundiais.
Como foi isso possível?
Graças à combinação de diversos fatores estimuladores do acelerado desenvolvimento econômico.
Milhões de imigrantes começaram a entrar nos EUA, permitindo a ocupação efetiva do espaço geográfico conquistado nas regiões centrais e do Oeste.
A partir da última década do século XIX, a média anual de imigrantes geralmente ultrapassava a casa de um milhão, mais que o dobro do escasso meio milhão que antes anualmente chegava aos portos norte-americanos. A maioria saía da Europa, mas chineses e, depois, japoneses também chegaram aos milhares.
[...] em 1860 - ou seja, antes da Guerra de Secessão, quando morreram milhares de pessoas - os Estados Unidos tinham uma população de 31 milhões de habitantes, total que se elevou a 77 milhões no ano de 1900.
Com a ocupação das terras do Oeste e das áreas centrais, muitos dos imigrantes, em sua maioria pertencentes ao sexo masculino, tornaram-se mão-de-obra não qualificada nas minas, nos matadouros, na construção civil, nas fábricas de roupas...
"Junto ao fator demográfico, o crescimento urbano representava um outro aspecto do processo de industrialização dos Estados Unidos. Embora a maioria dos norte-americanos ainda vivesse no meio rural no início do século XX, as cidades gradativamente se tornaram pólos de atração para os camponeses europeus que atravessavam o Atlântico, e também para os camponeses norte-americanos que atravessavam o meio rural em busca de empregos na indústria. Milhares de trabalhadores se acomodavam nas apertadas casas de cômodos que afloravam nos bairros próximos às fábricas. Novas indústrias e minas, que se localizavam em áreas de pouca população, atraíam comunidades inteiras de imigrantes que construíam algumas das primeiras cidades do interior."
A concentração urbana, em parte ligada à vinda em massa de imigrantes, garantiu mão-de-obra farta para a expansão industrial. [...]
[...]
Ora, um crescimento capitalista tão acelerado tornava agudo o conflito entre o capital e o trabalho, acarretando inclusive tragédias. Algumas datas internacionais, como o Dia do Trabalhador e o Dia da Mulher, foram instituídas em homenagem à morte trágica de trabalhadores nos Estados Unidos.
[...]
No dia 1º de maio de 1866 milhares de operários, de cerca de 5.000 empresas, entraram em greve pelo direito de trabalhar 8 horas por dia. As cidades industriais norte-americanas amanheceram cobertas de cartazes com a seguinte proclamação:
Não lhe parecem justos esses pedidos dos trabalhadores?
Em meio ao movimento grevista, operários da fábrica McCormick, em Chicago, foram mortos e feridos, o que conduziu à reunião de um comício na Praça do Mercado daquela cidade. Durante essa concentração pacífica, explodiu uma bomba, matando operários e policiais. Sem quaisquer provas, oito pessoas foram presas e condenadas a morrer na forca. A pena foi aplicada a quatro dos chamados Mártires de Chicago, cuja inocência acabou sendo reconhecida oficialmente em 1893 pelas autoridades norte-americanas.
Já o Dia Internacional da Mulher lembra o que aconteceu no dia 8 de março de 1857. Naquela data, operárias da fábrica de tecidos Cotton, de Nova Iorque, entraram em greve por melhores condições de trabalho.
[...] na época, o dia de trabalho tinha 16 horas, os salários eram baixos e as operárias grávidas trabalhavam até o nono mês, havendo casos de operárias cujo parto ocorria na própria fábrica. Como os proprietários se recusavam a atender os pedidos das trabalhadoras, estas ocuparam o prédio da fábrica. Foi então que a polícia cercou a fábrica Cotton, incendiando-a. Em consequência, morreram queimadas 129 operárias.
[...]
"Por outro lado, a ocupação do Oeste - inclusive com a conquista de terras aos índios - a construção de ferrovias, a mecanização da lavoura e o cultivo racional facilitaram a grande expansão da agricultura. De 1860 a 1910, o número de fazendas triplicou, a área de terra dedicada à lavoura dobrou e aumentaram substancialmente as produções de trigo, milho e algodão."
[...]
E todo esse rápido desenvolvimento capitalista foi estimulado pela construção de ampla rede ferroviária, onde sobressaíam quatro grandes linhas transcontinentais, cortando o país do Atlântico ao Pacífico.
Mas a abertura dessas vias férreas teve consequências trágicas para as sociedades indígenas. Suas terras foram confiscadas, suas crenças abaladas, sua organização tribal destruída, seus cemitérios arrasados, sua alimentação dificultada.
Como foi isso?
Centenas de filmes revelam, claramente ou não, como aconteceu esse massacre.
À medida que os trilhos do Cavalo de Aço avançavam pelos campos do Oeste, caçadores brancos matavam milhares de búfalos.
O que é Cavalo de Aço? A expressão foi usada pelos indígenas para designar as locomotivas que puxavam os vagões de carga e de passageiros.
Calcula-se que, apenas entre 1872 e 1874, 3.700.000 búfalos foram mortos!
Uma parte mínima desses animais teve sua carne aproveitada como alimentos dos operários que colocavam os trilhos e dormentes e construíam as pontes das ferrovias. A maior parte dos búfalos foi morta apenas para o aproveitamento da pele, sendo suas carcaças sangrentas abandonadas, como pasto para os urubus e as hienas.
Enquanto isso, as tribos indígenas enfrentavam o fantasma da fome. Quando, depois de longas reuniões ao redor de fogueiras, decidiam reagir, eram dizimadas pelos Casacos Azuis!
Sabe quem eram os Casacos Azuis?
A denominação era empregada pelos indígenas para designar os cavalarianos do Exército norte-americano. [...]
Os chefes índios negociaram ou lutaram inutilmente contra os brancos, cujo número não cessou de aumentar nos campos onde haviam vivido livres e felizes seus ancestrais e primeiros habitantes do continente.
[...]
"Eles nos fizeram muitas promessas, mais do que posso lembrar, mas nunca as cumpriram, menos uma: prometeram tomar nossa terra e a tomaram."
Os brancos, portanto, construíram sua Civilização destruindo as manadas de búfalos e as numerosas tribos indígenas.
Veja se isso não era o que o General Phillip Sheridan, comandante dos Casacos Azuis, desejava quando lhe pediram providências contra a dizimação dos búfalos pelos caçadores brancos:
"Deixem-nos matar, esfolar e vender até que o búfalo tenha sido exterminado, pois esse é o único modo de conseguir paz duradoura e permitir a Civilização progredir."
E assim aconteceu...
AQUINO, Rubim Santos Leão de; LISBOA, Ronaldo César. Fazendo a História: a Europa e as Américas do século XVIII ao início do século XX. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1996. p. 308-312.
Seu autor, Frédéric Auguste Bartholdi, escultor francês, não conseguiu terminá-la no prazo marcado: o ano de 1876, quando os EUA completariam o primeiro centenário da sua independência. Só em 1886, ou seja, 10 anos depois, Bartholdi acabou sua obra, que chamou de A Liberdade Iluminando o Mundo, oferecida aos Estados Unidos pelo governo da França.
Mas a liberdade política da Nação não significou a liberdade individual para toda a sociedade, porque milhares de indivíduos permaneceram sem ter esse direito: os escravos negros.
E foi preciso uma guerra - a Guerra da Secessão (1861-1865) - para que a escravidão fosse abolida nos EUA.
Embora cerca de 600.000 pessoas tenham morrido durante o conflito, também marcado pelos terríveis estragos materiais ocorridos (plantações incendiadas, povoados saqueados, ferrovias destruídas etc.), o fim da escravidão não significou que os negros alcançassem direitos civis e políticos iguais aos dos brancos.
[...] a retirada das tropas da União do Sul representou para os negros o fim do exercício do voto, direito estabelecido por emenda constitucional.
"O legado da Guerra Civil acabou sendo a transmissão para o negro de uma condição ambígua: a de nem ser escravo nem cidadão. O negro passaria ainda muitos anos como um membro de um sistema de castas e viveria como um cidadão de segunda classe em uma sociedade que, desde o século XVIII, tinha se manifestado a favor da proposta de que 'todos os homens eram criados iguais'."
Apesar disso, a guerra favoreceu a concentração de capitais, pois, durante a Reconstrução (1865-1877), a maior liberdade de ação dos empresários nortistas contribuiu para o desenvolvimento do capitalismo nos Estados Unidos.
O que foi a Reconstrução? A denominação é aplicada ao período imediatamente posterior à Guerra de Secessão, quando o Sul ficou ocupado pelas tropas nortistas.
A violência da Reconstrução levou os vencidos sulistas a se organizar em sociedades secretas, sendo a Ku-Klux-Klan a mais conhecida.
[...] O vestuário e os capuzes brancos têm duplo objetivo: ocultar a identidade do membro da sociedade secreta e tornar sua imagem aterrorizadora. Embora usem uma cruz sobre o peito, como se fossem novos cruzados, os ativistas da Klux agiam - e continuam agindo - como verdadeiros demônios racistas: atacavam negros e brancos defensores dos direitos dos negros, não hesitando em recorrer ao assassinato de seus adversários.
A violência igualmente se expressou através da formação de quadrilhas de assaltantes de bancos e trens. Os filmes de bangue-bangue, produzidos em grande quantidade, principalmente em Hollywood, buscam inspiração em pedaços da História norte-americana no século XIX. Não pense, porém, que o enredo dos filmes realiza uma reconstituição histórica correta. Assim, vemos assassinos converterem-se em heróis, como acontece nos filmes de Billy the Kid, Jesse e Frank James e tantos outros.
[...]
Em consequência das mudanças havidas no período entre o fim da Guerra de Secessão (1861-1865) e o início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), os Estados Unidos tornaram-se uma das maiores potências mundiais.
Como foi isso possível?
Graças à combinação de diversos fatores estimuladores do acelerado desenvolvimento econômico.
Milhões de imigrantes começaram a entrar nos EUA, permitindo a ocupação efetiva do espaço geográfico conquistado nas regiões centrais e do Oeste.
A partir da última década do século XIX, a média anual de imigrantes geralmente ultrapassava a casa de um milhão, mais que o dobro do escasso meio milhão que antes anualmente chegava aos portos norte-americanos. A maioria saía da Europa, mas chineses e, depois, japoneses também chegaram aos milhares.
[...] em 1860 - ou seja, antes da Guerra de Secessão, quando morreram milhares de pessoas - os Estados Unidos tinham uma população de 31 milhões de habitantes, total que se elevou a 77 milhões no ano de 1900.
Placa de "Pitoresca América": Emigrantes atravessando as planícies. Desenho: F. O. C. Darley. Gravação: H. B. Hall
Com a ocupação das terras do Oeste e das áreas centrais, muitos dos imigrantes, em sua maioria pertencentes ao sexo masculino, tornaram-se mão-de-obra não qualificada nas minas, nos matadouros, na construção civil, nas fábricas de roupas...
"Junto ao fator demográfico, o crescimento urbano representava um outro aspecto do processo de industrialização dos Estados Unidos. Embora a maioria dos norte-americanos ainda vivesse no meio rural no início do século XX, as cidades gradativamente se tornaram pólos de atração para os camponeses europeus que atravessavam o Atlântico, e também para os camponeses norte-americanos que atravessavam o meio rural em busca de empregos na indústria. Milhares de trabalhadores se acomodavam nas apertadas casas de cômodos que afloravam nos bairros próximos às fábricas. Novas indústrias e minas, que se localizavam em áreas de pouca população, atraíam comunidades inteiras de imigrantes que construíam algumas das primeiras cidades do interior."
A concentração urbana, em parte ligada à vinda em massa de imigrantes, garantiu mão-de-obra farta para a expansão industrial. [...]
[...]
Ora, um crescimento capitalista tão acelerado tornava agudo o conflito entre o capital e o trabalho, acarretando inclusive tragédias. Algumas datas internacionais, como o Dia do Trabalhador e o Dia da Mulher, foram instituídas em homenagem à morte trágica de trabalhadores nos Estados Unidos.
[...]
No dia 1º de maio de 1866 milhares de operários, de cerca de 5.000 empresas, entraram em greve pelo direito de trabalhar 8 horas por dia. As cidades industriais norte-americanas amanheceram cobertas de cartazes com a seguinte proclamação:
"A partir de hoje ninguém deve trabalhar mais
de 8 horas por dia.
8 horas de trabalho
8 horas de descanso
8 horas de educação."
Não lhe parecem justos esses pedidos dos trabalhadores?
Em meio ao movimento grevista, operários da fábrica McCormick, em Chicago, foram mortos e feridos, o que conduziu à reunião de um comício na Praça do Mercado daquela cidade. Durante essa concentração pacífica, explodiu uma bomba, matando operários e policiais. Sem quaisquer provas, oito pessoas foram presas e condenadas a morrer na forca. A pena foi aplicada a quatro dos chamados Mártires de Chicago, cuja inocência acabou sendo reconhecida oficialmente em 1893 pelas autoridades norte-americanas.
Já o Dia Internacional da Mulher lembra o que aconteceu no dia 8 de março de 1857. Naquela data, operárias da fábrica de tecidos Cotton, de Nova Iorque, entraram em greve por melhores condições de trabalho.
[...] na época, o dia de trabalho tinha 16 horas, os salários eram baixos e as operárias grávidas trabalhavam até o nono mês, havendo casos de operárias cujo parto ocorria na própria fábrica. Como os proprietários se recusavam a atender os pedidos das trabalhadoras, estas ocuparam o prédio da fábrica. Foi então que a polícia cercou a fábrica Cotton, incendiando-a. Em consequência, morreram queimadas 129 operárias.
[...]
"Por outro lado, a ocupação do Oeste - inclusive com a conquista de terras aos índios - a construção de ferrovias, a mecanização da lavoura e o cultivo racional facilitaram a grande expansão da agricultura. De 1860 a 1910, o número de fazendas triplicou, a área de terra dedicada à lavoura dobrou e aumentaram substancialmente as produções de trigo, milho e algodão."
[...]
E todo esse rápido desenvolvimento capitalista foi estimulado pela construção de ampla rede ferroviária, onde sobressaíam quatro grandes linhas transcontinentais, cortando o país do Atlântico ao Pacífico.
Mas a abertura dessas vias férreas teve consequências trágicas para as sociedades indígenas. Suas terras foram confiscadas, suas crenças abaladas, sua organização tribal destruída, seus cemitérios arrasados, sua alimentação dificultada.
Como foi isso?
Centenas de filmes revelam, claramente ou não, como aconteceu esse massacre.
À medida que os trilhos do Cavalo de Aço avançavam pelos campos do Oeste, caçadores brancos matavam milhares de búfalos.
O que é Cavalo de Aço? A expressão foi usada pelos indígenas para designar as locomotivas que puxavam os vagões de carga e de passageiros.
Calcula-se que, apenas entre 1872 e 1874, 3.700.000 búfalos foram mortos!
Uma parte mínima desses animais teve sua carne aproveitada como alimentos dos operários que colocavam os trilhos e dormentes e construíam as pontes das ferrovias. A maior parte dos búfalos foi morta apenas para o aproveitamento da pele, sendo suas carcaças sangrentas abandonadas, como pasto para os urubus e as hienas.
Enquanto isso, as tribos indígenas enfrentavam o fantasma da fome. Quando, depois de longas reuniões ao redor de fogueiras, decidiam reagir, eram dizimadas pelos Casacos Azuis!
Sabe quem eram os Casacos Azuis?
A denominação era empregada pelos indígenas para designar os cavalarianos do Exército norte-americano. [...]
Os chefes índios negociaram ou lutaram inutilmente contra os brancos, cujo número não cessou de aumentar nos campos onde haviam vivido livres e felizes seus ancestrais e primeiros habitantes do continente.
[...]
"Eles nos fizeram muitas promessas, mais do que posso lembrar, mas nunca as cumpriram, menos uma: prometeram tomar nossa terra e a tomaram."
Louisiana Indians Walking Along a Bayou, de
Alfred Boisseau de 1846, faz referência a remoção dos Choctaw
Os brancos, portanto, construíram sua Civilização destruindo as manadas de búfalos e as numerosas tribos indígenas.
Veja se isso não era o que o General Phillip Sheridan, comandante dos Casacos Azuis, desejava quando lhe pediram providências contra a dizimação dos búfalos pelos caçadores brancos:
"Deixem-nos matar, esfolar e vender até que o búfalo tenha sido exterminado, pois esse é o único modo de conseguir paz duradoura e permitir a Civilização progredir."
E assim aconteceu...
AQUINO, Rubim Santos Leão de; LISBOA, Ronaldo César. Fazendo a História: a Europa e as Américas do século XVIII ao início do século XX. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1996. p. 308-312.
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