"Os espelhos estão cheios de gente.
Os invisíveis nos vêem.
Os esquecidos se lembram de nós.
Quando nos vemos, os vemos.
Quando nos vamos, se vão?"
Eduardo Galeano: Espelhos

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Cleópatra (69-30 a.C.)

Antônio e Cleópatra, Sir. Lawrence Alma-Tadema. Um casal unido por um amor apaixonante


Filha do rei egípcio Ptolomeu Aulete, nasceu no ano 69 a.C.

O trono do Egito havia sido legado a Cleópatra e seu irmão mais velho, porém com a condição de que eles se casassem. Desejando governar sozinho, Ptolomeu Dionísio exilou a irmã.

Quando César entrou em Alexandria, depois de Farsália, Potium, ministro do Egito, tratou-o com desprezo, sublevando contra ele as tropas aguerridas do Egito e a população da própria cidade.

Em represália, César trouxe Cleópatra para a cidade, introduzindo-a secretamente no palácio. Ptolomeu Dionísio não teve outra alternativa senão a de reconciliar-se com a irmã.

Novamente, porém, o rei egípcio revolta-se contra César, morrendo afogado num combate. Cleópatra sobe então ao trono, casando com seu irmão mais jovem.

César ficou ainda alguns meses no Egito. Quando voltou a Roma, mandou vir a rainha, cuja estátua, feita na época, foi colocada no templo de Vênus.

Com a morte de César, couberam a Antônio os negócios do Oriente. Cleópatra seduziu-o, tornando-o instrumento de suas ambições. Quando Roma o chamou, tomado de paixão, Antônio recusou-se a regressar. Otávio volta-se contra o Egito, e Cleópatra foge seguida por Antônio. Depois da batalha de Accio, retornaram à África. Tentam negociar, porém Cleópatra trai Antônio. Otávio marcha sobre o Egito e a bela rainha entrega-lhe Alexandria, fazendo chegar a falsa notícia de sua morte a Antônio, que se mata.

Depois ela tenta seduzir Otávio, mas nada consegue.

Não querendo servir de ornamento ao triunfo de Otávio, Cleópatra suicida-se com seus hábitos reais, a 15 de agosto de 30 a.C.

CARVALHO, Delgado de. História Geral: Antiguidade. Rio de Janeiro: Record, s.d. p. 267.

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