"Os espelhos estão cheios de gente.
Os invisíveis nos vêem.
Os esquecidos se lembram de nós.
Quando nos vemos, os vemos.
Quando nos vamos, se vão?"
Eduardo Galeano: Espelhos

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Túmulos reais: mastabas, pirâmides, hipogeus

A arquitetura funerária foi uma das primeiras manifestações da arte egípcia. Ela se destaca especialmente nos túmulos reais que, em geral, são monumentos. Há três tipos: mastabas, pirâmides e hipogeus.

Pintura mural da mastaba de Ptahiruca

* Mastabas. A mastaba (túmulo de reis e de nobres) é uma câmara funerária, coberta por uma singela construção de tijolos, de base retangular, com paredes inclinadas. As mastabas foram aumentando de altura, acrescentando-lhes vários andares, em degraus (pisos escalonados); e, assim, evoluíram lentamente para a forma piramidal.

Pirâmide em degraus de Sakkara

* Pirâmides. Foram erguidas mais de 70. A sua construção processou-se no período do Antigo Império. As pirâmides mais famosas - pelo seu gigantesco tamanho - são as de Gizé (perto de Mênfis), mandadas erguer pelos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos (IV dinastia).

A maior das pirâmides, a de Quéops, tinha uns 147 m de altura e uns 234 m de lado (da base). [...]

Para a construção da pirâmide de Quéops - dizem as crônicas - foram empregados 100.000 homens, durante 20 anos. Seus blocos de pedra (2.300.000, com um peso médio de 2.500 kg por unidade) estão ajustados com extraordinária precisão. "Em alguns lugares, a largura das juntas não ultrapassa 25 micromilímetros."

A pirâmide de Quefrén é apenas 3 metros mais baixa que a de Quéops. Está ligada por um longo corredor a um pequeno templo, à cuja direita se ergue a Esfinge, estátua monstruosa com o corpo de leão e cabeça humana.

A grande esfinge de Gizé

O hábito de construir pirâmides foi abolido com a VI dinastia (2423 a 2300 a.C.).

* Hipogeus. No período tebano apareceu um novo tipo de túmulo real: o hipogeu, túmulo subterrâneo, cavado no flanco das montanhas, formado por uma série de câmaras onde se depositavam os esquifes.

BECKER, Idel. Pequena História da Civilização Ocidental. São Paulo: Nacional, 1974. p. 35-36.

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