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Os bárbaros germânicos se organizavam em comunidades
agrícolas e pastoris com um mínimo de desigualdade social. As lideranças
guerreiras gozavam de prestígio, mas este não resultava na dominação e na
exploração econômica de um grupo social sobre outro. As terras eram
periodicamente redistribuídas, o que impedia que as melhores terras se
acumulassem nas mãos de algumas famílias.
Todavia o próprio contato com os romanos foi dissolvendo a
organização comunitária germânica. A desigualdade econômica e social foi se
generalizando: formou-se uma casta de guerreiros hereditários, com privilégios
e riquezas.
Com essa mudança, o casamento passou a ter uma nova
importância social e política entre os bárbaros germânicos, pois dele dependia
a transmissão dos bens acumulados e do poder estabelecido.
Nessas sociedades bárbaras já transformadas pelo contato com
os romanos, o casamento podia resultar de três processos: a compra, o rapto e o
consentimento mútuo. Assim, do ponto de vista de seu pai, uma mulher era
principalmente um bem móvel. Como tal, era vendida, perdida pelo rapto ou usada
para fazer alianças. Uma vez constituído o casal, a mulher se tornava
companheira do marido.
PEDRO, Antonio; LIMA, Lizânias de Souza. História
por eixos temáticos. São Paulo: FTD, 2002. p. 222.
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