Índios do Rio da Prata (charruas).
Jornal de viagem de Hendrick Ottsen, 1603
No ano de 1832, os poucos índios que tinham sobrevivido à derrota de Artigas foram convidados a firmar a paz, e o presidente do Uruguai, Fructuoso Rivera, prometeu que eles iam receber terras.
Quando os charruas estavam bem alimentados e bebidos e adormecidos, os soldados entraram em ação. Os índios foram libertados de suas penas e angústias a golpes de punhal, para não gastar balas, e para não se perder tempo com enterros foram atirados no arroio Salsipuedes.
Foi uma armadilha. A história oficial chamou de batalha. E cada vez que nós, uruguaios, ganhamos algum troféu de futebol, celebramos o triunfo da garra charrua.
GALEANO, Eduardo. O caçador de histórias. Porto Alegre: L&PM, 2016. p. 55.
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