Barraca de negra livre no Rio de Janeiro, Henry Chamberlain
O
sistema escravista permeava toda a vida colonial, ou seja, o costume de ter
escravos era adotado em todo o Brasil por quem pudesse comprá-los. Claro que
havia pessoas que se revoltavam contra a escravidão de seres humanos, mas eram
exceções em uma sociedade em que a escravidão fazia parte da ideologia
dominante.
Os
negros escravizados aproveitavam todas as oportunidades de utilizar seus
talentos inatos e suas habilidades adquiridas para melhorar sua sorte.
Observando as oportunidades (não muitas) e as condições dos costumes coloniais,
procuravam acumular um pecúlio para comprar a própria liberdade e a de sua
família (membros com os quais tinham contato). Uma vez estabilizados em algum
ofício ou comércio, percebiam a necessidade de possuir mão de obra para obter
maiores ganhos. Dadas as condições sociais, a única solução parecia ser a posse
e o uso de escravos, o que explica o fenômeno de ex-escravos que possuíam
escravos.
MESGRAVIS, Laima. História do Brasil colônia. São Paulo: Contexto, 2015. p. 90.
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