"Os espelhos estão cheios de gente.
Os invisíveis nos vêem.
Os esquecidos se lembram de nós.
Quando nos vemos, os vemos.
Quando nos vamos, se vão?"
Eduardo Galeano: Espelhos

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Dos descobrimentos à colonização - Parte 2

[Núcleos europeus no continente asiático]


Vista de Goa em 1509. Atlas Braun e Hogenberg, 1600 

A rota marítima para as Índias, aberta pelos portugueses, e seus vários entrepostos instalados em terras asiáticas, atraíram para o Extremo Oriente outros povos europeus. Primeiramente os holandeses, depois os ingleses e franceses retomaram as rotas portuguesas. A penetração colonizadora inglesa conseguiu impor-se à francesa lançando, até o fim do século XVIII, a base de um futuro império colonial na Índia.


Portugueses
Controlam, até o século XVII, o comércio das Índias Orientais através de entrepostos em Málaca, Java, Sumatra, nas Molucas, da possessão de Macau, das fortalezas de Goa e Diu.

Holandeses
Fundam a Companhia Holandesa das Índias Orientais (início do século XVII). Ocupam Java, fundando Batávia; abrem entrepostos nas Molucas, Célebes, em Sumatra, Málaca, na China e no Japão; ocupam Ceilão, isto é, estabelecem-se nas mesmas regiões em que se achavam os portugueses.

Ingleses
Confiam a iniciativa colonizadora a companhias particulares, controladas pela coroa, como a Companhia Inglesa das Índias Orientais (início do século XVII). Impõem-se na Índia, em Calcutá, Bombaim, Madras e, no fim do século XVIII, entram em conflito com os franceses.

Franceses
Fundam, em meados do século XVII, a Companhia Francesa das Índias; estabelecem entrepostos no Oceano Índico, nas ilhas Bourbon e Maurício; adquirem o território indiano de Pondichéry; abrem entrepostos em vários pontos da costa indiana. Em fins do século XVIII, após disputa com os ingleses, renunciam a maiores pretensões na Índia.

Espanhóis
Ampliam sua iniciativa colonizadora nas Ilhas Filipinas.

HOLLANDA, Sérgio Buarque de (org.). História da Civilização. São Paulo: Nacional, 1974. p. 185.

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