Sir William Mathews Flinders Petrie
O inglês William Mathews Flinders Petrie, com suas técnicas apuradas, foi um dos grandes pioneiros da moderna arqueologia. Petrie, ainda criança, já se preocupava em coletar moedas gregas e romanas [...]. Seu pai, muito religioso, pensava que a Grande Pirâmide de Gizé, no Egito, havia sido construída por inspiração divina e que suas medidas, se bem interpretadas, poderiam revelar todos os mistérios do passado e do futuro da humanidade.
O filho dispôs-se a tomar as tais medidas, partindo para o Egito em 1880. Petrie logo concluiu que essa história de medidas divinas não passava de crendice mas, por outro lado, apaixonou-se pelas antiguidades egípcias, que se deterioravam a cada dia. [...] Encontrou Amelia Blandford Edwards, uma grande novelista, apaixonada pelo Egito, que o ajudou a fundar, com dinheiro de pessoas de posses, o Egyptian Exploration Fund.
Petrie deu início às escavações científicas no Egito e foi, também, o primeiro a preocupar-se em estudar e classificar objetos domésticos, de uso cotidiano, mesmo quando fragmentados. Iniciou, ainda, as modernas escavações na Palestina [...]. Foi agraciado com uma cátedra em Londres [...]. Petrie estudou, também de forma pioneira, os vestígios anteriores ao período faraônico, antes desconsiderados.
Na geração seguinte, essa tradição arqueológica empírica, da qual Petrie foi um dos principais protagonistas, seria em grande parte muito alterada pela crescente importância do trabalho acadêmico. [...]
FUNARI, Pedro Paulo. Arqueologia. São Paulo: Contexto, 2010. p. 19.
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