Vere Gordon Childe
Childe seguiu trajetória muito diversa da de outros colegas de profissão. Nasceu na Austrália, então considerada quase o fim do mundo [...]. Filho de um pastor da Igreja Anglicana, estudou, como Wheeler, latim, grego e filosofia, mas logo entrou para o recém-fundado Partido Trabalhista da Austrália. Em 1914, conseguiu uma bolsa para cursar pós-graduação em Oxford, sob orientação do estudioso da cerâmica grega John Beazley. Em 1916, já voltava à Austrália, para atuar como ativista político [...].
Com seu domínio de muitas línguas, percorreu o continente e publicou livros de síntese que constituíram obras de referência por décadas. Em 1927, tornou-se catedrático de arqueologia em Edimburgo, na Escócia. Childe pode ser considerado, a um só tempo, o maior teórico e também o mais prolífico e bem sucedido divulgador da disciplina. Ele inspirou-se no marxismo para apresentar uma interpretação de toda a história da humanidade, desde muito antes da invenção da escrita até a atualidade, tomando por base a evolução tecnológica.
Com isso, procurou mostrar que cada época baseou-se numa determinada tecnologia e que sua superação sempre se deu por um avanço técnico [...]. Suas obras, até hoje, são os livros de arqueologia mais difundidos de todos os tempos. Childe dirigiu o Instituto de Arqueologia de Londres até 1956, quando se aposentou e voltou para a Austrália. [...]
Gordon Childe também foi feliz em sua definição do trabalho do arqueólogo:
"A arqueologia é uma forma de história e não uma simples disciplina auxiliar. [...]"
FUNARI, Pedro Paulo. Arqueologia. São Paulo: Contexto, 2010. p. 21-22.
Grato!
ResponderExcluirObrigado e volte sempre. Abraço.
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