Digitalização de documentos
No século XXI, a história continua se modificando, influenciada por outros áreas do conhecimento, como a sociologia, a antropologia, a história da arte e a informática, assim como pelas transformações da sociedade e por novos métodos de pesquisa. Um bom exemplo é a relação entre tecnologia da informação e história. O uso do computador e da informática tem facilitado muito o trabalho do historiador, tanto no que se refere ao acesso aos documentos quanto à análise e interpretação deles. Essa tecnologia possibilita, por exemplo, que o pesquisador trabalhe com uma grande quantidade de documentos e cruze informações estabelecendo relações entre elas, como no caso do estudo do movimento populacional de determinada comunidade.
Em diferentes locais do mundo, novos projetos estão sendo desenvolvidos com o intuito de tornar acessíveis, por meio da internet, fontes documentais indispensáveis para o entendimento da história humana. Arquivos públicos e privados, como o Arquivo Geral das Índias (em Sevilha, na Espanha) e o Arquivo Nacional (no Rio de Janeiro), estão digitalizando seus acervos para garantir a preservação dos documentos e o seu acesso a um número cada vez maior de pessoas.
Há ainda outros exemplos instigantes, como o projeto Memória do Mundo, financiado pelo Unesco, que mapeou arquivos originais relativos ao comércio transatlântico de escravos no mundo. O Brasil fez parte desse projeto por intermédio da Fundação Biblioteca Nacional, sediada no Rio de Janeiro, que localizou e disponibilizou cerca de quinhentos documentos no site dessa instituição. Esse tipo de projeto, que reúne arquivos de pessoas de diferentes lugares do mundo em prol de um objetivo comum, propicia novos caminhos para a pesquisa histórica no século XXI e abre novas perspectivas sobre o passado.
ALVES, Alexandre e OLIVEIRA, Letícia Fagundes de. Conexões com a História. São Paulo: Moderna, 2010. p. 10.
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