"O maior império das Américas foi o dos índios quíchuas, conhecido também como Império Inca, por ser esse o título de seus chefes supremos, tidos como filhos do sol.
A civilização quíchua ou incaica desenvolveu-se em regiões dos atuais Peru, Equador, Bolívia, Chile, atingindo seu auge no século XIV. [...]" HOLLANDA, Sérgio Buarque de (Org.). História da Civilização. São Paulo: FTD, 1974. p. 192.
Manco Capac, primeiro Inca, Artista desconhecido
Os métodos de conquista dos incas forma algumas vezes brutais: deportaram os povos insubmissos, aos milhares, mandando-os para pontos distantes do Império; levaram os filhos dos chefes vencidos como reféns para Cuzco, a capital inca. Impuseram a todos os povos submetidos a sua religião, que cultuava Viracocha, deus supremo e criador de todas as coisas, e Inti, o deus Sol, do qual o imperador inca dizia ser descendente direto. Tornaram ainda a sua língua, o quíchua, idioma oficial de todo o Império.
Para controlar e unificar seu território, os incas construíram cerca de 40 mil km de estradas, ligando montanhas, vales e o litoral. Pontes suspensas feitas de cordas trançadas e pontes de madeira e de pedra passavam sobre precipícios, pântanos e rios. Por elas circulavam os mensageiros do imperador (os chasquis), o exército e o próprio Inca (o imperador) com sua comitiva.
As terras conquistadas eram divididas em três partes: um terço para o Inca, outro para o deus Sol (administrado pelos sacerdotes, mas que, na prática, eram do imperador) e o terço restante para os agricultores e suas famílias. Os adultos deviam prestar um certo tempo de trabalho gratuito para o Inca e os deuses, cultivando as terras deles, produzindo objetos artesanais ou construindo e conservando pontes, estradas, edifícios públicos. Esse trabalho gratuito chamava-se "mita".
"A arquitetura constitui a expressão máxima da cultura inca. Nas construções mais importantes, usavam-se blocos de pedra ou granito modelados com extraordinária precisão. Por não possuírem ornamentos esculpidos, as construções incas aparentam uma certa austeridade, sobretudo se comparadas às dos maias e astecas. Na realidade, muitas dessas construções foram despojadas de seus ornamentos pelos espanhóis, os quais retiraram todos os trabalhos em ouro que, muitas vezes, revestiam as paredes de aposentos inteiros. Os conjuntos arquitetônicos mais impressionantes e mais bem conservados da civilização Inca são as cidades-fortalezas de Sacasahuamán e Machu Picchu." História das Civilizações. São Paulo: Abril Cultural, 1975. p. 26
"A arquitetura constitui a expressão máxima da cultura inca. Nas construções mais importantes, usavam-se blocos de pedra ou granito modelados com extraordinária precisão. Por não possuírem ornamentos esculpidos, as construções incas aparentam uma certa austeridade, sobretudo se comparadas às dos maias e astecas. Na realidade, muitas dessas construções foram despojadas de seus ornamentos pelos espanhóis, os quais retiraram todos os trabalhos em ouro que, muitas vezes, revestiam as paredes de aposentos inteiros. Os conjuntos arquitetônicos mais impressionantes e mais bem conservados da civilização Inca são as cidades-fortalezas de Sacasahuamán e Machu Picchu." História das Civilizações. São Paulo: Abril Cultural, 1975. p. 26
O excedente de alimentos era armazenado e distribuído à população em caso de carestia. Graças ao trabalho coletivo, foram construídos enormes terraços em degraus nas íngremes encostas das montanhas dos Andes. Irrigados e adubados com excrementos de aves e restos de peixes, os terraços garantiam uma farta colheita de cerca de quarenta espécies de plantas, como milho, batata, vagem, amendoim, abóbora e algodão.
"Cada homem se alistava com seu instrumento de trabalho, formando-se assim uma larga frente de agricultores. Atrás deles as mulheres e os meninos iam avançando pausadamente, desfazendo os montículos com uma vara e depositando em cada cova aberta pelo homem algumas sementes, e cobrindo logo de terra o buraco, com as mãos e os pés, para evitar que as aves comessem os grãos". MIRANDA, Fernando M. A cultura dos incas. In: LEVENE, R. História das Américas. Rio de Janeiro: Jackson Editores, 1964. v. 2. p. 121
A numerosa mão-de-obra disponível era o mais importante recurso que o Estado possuía para conservar e estender seus domínios. A população era regularmente recenseada e registrada por idade. Assim, o imperador podia saber, por exemplo, o número de homens aptos a prestar a mita ou a lutar na guerra. Os registros eram feitos nos quipos, um feixe de cordões coloridos com nós.
Referências:
HISTÓRIA DAS CIVILIZAÇÕES. São Paulo: Abril Cultural, 1975.
HISTÓRIA DAS CIVILIZAÇÕES. São Paulo: Abril Cultural, 1975.
HOLLANDA, Sérgio Buarque de (Org.). História da Civilização. São Paulo: Nacional, 1974,
LEVENE, R. História das Américas. Rio de Janeiro: Jackson Editores, 1964. v. 2.
LEVENE, R. História das Américas. Rio de Janeiro: Jackson Editores, 1964. v. 2.
RODRIGUE, Joelza Ester. História em documento: imagem e texto. São Paulo: FTD, 2002.
Nenhum comentário:
Postar um comentário