Hipócrates
recusando os presentes de Artaxerxes, Anne-Louis Girodet de
Roussy-Trioson
Hipócrates viajou muito e sua
reputação é grande na Grécia. Os numerosos tratados de medicina que lhe são
atribuídos são redigidos, de fato, por discípulos ou por Asclepíades. Hipócrates
desempenhou um papel essencial na evolução da medicina grega, afastando
deliberadamente qualquer explicação religiosa da doença. Para ele, esta não é conseqüência
de uma prova imposta pelos deuses, mas um fenômeno natural que é necessário
analisar cientificamente.
Hipócrates preconiza o método da
exploração clínica e a observação dos fatos. Para estabelecer um diagnóstico,
atribui grande importância às alterações dos quatro “humores” (líquidos orgânicos):
o sangue (vindo do coração; caráter sanguíneo, alegre), a pituíta (ligada ao cérebro;
caráter linfático), a bílis amarela (proveniente do fígado; caráter bilioso,
ansioso) e a atrabilis ou bílis negra (proveniente do baço; caráter melancólico).
Hipócrates tem elevado conceito da missão do médico, cujas obrigações constam
do famoso Juramento de Hipócrates. Para ele, o interesse do paciente deve
sempre preceder o de seu médico.
SALLES, Catherine (dir.). Larousse das civilizações antigas II: Da
Babilônia ao Exército Enterrado Chinês. São Paulo: Larousse do Brasil,
2008. p. 187.
NOTA: O texto "Hipócrates 9Cerca de 460-377 a.C.)" não representa,
necessariamente, o pensamento deste blog. Foi publicado com o objetivo de
refletirmos sobre a construção do conhecimento histórico.
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