Sacerdotes vestidos com pele de leopardo realizam
rituais de purificação. Túmulo de Userhat, XIXª Dinastia. Artista desconhecido.
Os egípcios eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses, alguns representados por cabeças de animais. Cada cidade tinha seus deuses particulares e, quando se tornava capital do império, esses deuses passavam a ser adorados em todo o Egito.
No Antigo Império adorava-se Rá, deus-sol, e seus descendentes Osíris, deus da morte, com a esposa Ísis e seu filho Hórus. Os faraós intitulavam-se filhos de Rá. Durante o Médio e o Novo Império adorou-se Amon, protetor da cidade de Tebas, que passou a chamar-se Amon-Rá.
Em honra aos deuses foram construídos templos gigantescos, magnificamente decorados com esculturas, baixos-relevos e inscrições hieroglíficas, destacando-se, na região de Tebas, os templos de Lúxor e de Carnac.
Os egípcios acreditavam na imortalidade e, por isso, era necessário conservar o corpo depois da morte. Aqueles que podiam sustentar as elevadas despesas dos ritos funerários dispensavam cuidados especiais aos mortos, embalsamando-os, transformando-os em múmias, protegidas por máscaras mortuárias, guardadas em sarcófagos. A múmia teria na vida do além-túmulo as mesmas necessidades terrenas e, assim, junto a ela eram colocados alimentos, roupas, móveis, perfumes, seus pertences de valor, tudo enfim de que ela poderia precisar.
Os túmulos dos faraós, dos nobres e dos ricos eram construídos e decorados como casas. Durante as duas primeiras dinastias os túmulos eram retos em cima, com paredes inclinadas, com várias câmaras, às vezes subterrâneas, chamadas mastabas. Essa forma evoluiu para a de pirâmide, sendo usada durante todo o resto do Antigo Império e no Médio Império. Durante o Novo Império, para evitar a pilhagem, construíram-se túmulos subterrâneos, chamados hipogeus.
HOLANDA, Sérgio Buarque de [et alli]. História da Civilização. São Paulo: Nacional, 1974. p. 18-19.
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