Linhas de Nazca. Artistas desconhecidos
A civilização nazca se desenvolveu entre 200 a.C. e 600 d.C. Embora não exista mais nenhuma estrutura arquitetônica importante, a característica cultural mais notável da civilização - e também seu maior mistério - é a vasta rede de geóglifos conhecidos como Linhas de Nazca, que ficam no deserto e aos pés dos Andes, na planície costeira peruana ao sul de Lima. Esses enormes desenhos no solo criam contornos que consistem de formas geométricas, linhas e imagens de pássaros e animais, entre eles uma aranha, um pelicano, um lagarto e um beija-flor. Os geóglifos cobrem uma área de mais de 450 km², e o maior dos desenhos chega a 305 m de comprimento.
O clima seco e sem vento e o isolamento da planície de Nazca ajudaram a preservar esses enigmáticos geóglifos. As linhas rasas foram feitas removendo-se o óxido de ferro e os pedregulhos do deserto, de modo que o solo branco sob a superfície ficasse exposto, num processo que requeria muita organização e planejamento. O povo nazca precisava de um sistema de medição topográfica que usasse medidas exatas numa escala tão grande que era impossível ver o geóglifo todo de uma só vez. Acredita-se que eles tenham construído torres de observação para ver os geóglifos de um ponto elevado. Pássaros são os temas mais comuns das Linhas de Nazca - até hoje foram descobertos 18 aves -, mas o beija-flor continua sendo a imagem mais reconhecida.
Rodolfo Molina. Linhas de Nazca (Beija-flor). In: FARTHING, Stephen et alli. Tudo sobre arte. Rio de Janeiro: Sextante, 2011. p. 18-19.
Rodolfo Molina. Linhas de Nazca (Beija-flor). In: FARTHING, Stephen et alli. Tudo sobre arte. Rio de Janeiro: Sextante, 2011. p. 18-19.
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