"Os espelhos estão cheios de gente.
Os invisíveis nos vêem.
Os esquecidos se lembram de nós.
Quando nos vemos, os vemos.
Quando nos vamos, se vão?"
Eduardo Galeano: Espelhos

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Akenaton

Akenaton e Nefertiti fazendo oferendas a Aton. 
Detalhe de relevo, 18ª dinastia.

O início do declínio do Novo Império pode ser atribuído ao reinado de Amenotep IV (1353-1335 a.C.). Amenotep era devoto de um obscuro deus do Sol chamado Aton. No quarto ano do seu reinado, ele elevou Aton à posição de deidade suprema. No ano seguinte, construiu uma nova capital, Aketaton, e mudou o seu nome para Akenaton. A princípio, o faraó apresentou Aton como deus composto de outros dois, Amon e Ra, mas, em 1344 a.C., ele insistiu que, na verdade, Aton era um deus único e que ele, Akenaton, era o único intermediário entre Aton e o povo. Ele ordenou a desfiguração dos templos dos outros deuses em todo o Egito. A reforma religiosa de Akenaton foi extremamente controvertida e provocou profundas divisões políticas em todo o país. Pouco tempo depois da morte do faraó, a antiga religião politeísta foi restaurada, os templos de Aton demolidos e Aketaton, abandonada. Os faraós subsequentes chegaram a ponto de riscar Akenaton da história.

WOOLF, Alex. Uma Nova História do Mundo. São Paulo: M.Books do Brasil, 2015. p. 39.

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